sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A História da Automação

Desde o início de sua evolução o homem busca métodos para melhorar sua qualidade de vida. Assim foi na pré-história com a invenção da roda. A partir dessa descoberta, o homem foi aperfeiçoando-se com novas invenções.
Visando essa nova qualidade de vida o homem foi criando melhorias que o ajudassem em seu trabalho.
Em meados do século XVIII na Inglaterra surge a primeira máquina a vapor, dando início a Primeira Revolução Industrial. Foi uma mudança radical no comportamento da sociedade, que vivia de uma economia agrícola, de manufatura subexistencial, em que a força bruta era a essencial ferramenta de trabalho, para uma sociedade industrial de “máquinas simples” (tear, fiar, ferrovia, etc..) onde a economia passou a ter um novo significado: o capitalismo.
Devido ao grande consumo da população cada vez mais exigente na qualidade dos produtos e para se manter no mercado competitivo, começa a produção em massa, tendo a necessidade de automatizar as máquinas. Podemos dizer que a esteira rolante caracterizou a Segunda Revolução Industrial que aconteceu nos EUA por volta do século XIX, e citar como exemplo o empresário Jonh Ford, que adotou o paradigma do Taylorismo em sua fábrica automobilística, exigindo de seus empregados mais desempenho e rapidez na linha de montagem, verticalizando assim, sua produção.
A necessidade cada dia melhorar o desempenho das máquinas surgem uma nova tecnologia de ponta aplicada nas indústrias que se iniciou após o casamento do controle com a informática, mais conhecido como CLP (Controlador lógico programável) que foi marcante para a automação industrial; que ocorreu na indústria automobilística na General Motors em 1968. A lógica de controle utilizada até então, era baseada em interligações entre relés o que caracteriza como rígida.
O CLP é um equipamento eletroeletrônico composto basicamente por uma “CPU” (Unidade Central de Processamento) e interfaces de entradas e saídas que podem ser digitais ou analógicas. Nas entradas são ligados sensores intertravamentos, botões e chaves. Na saída são ligados os atuadores.
Com a utilização do CLP no decorrer do tempo, desenvolveu-se um outro equipamento para tornar os sistemas automatizados ainda mais flexíveis denominado IHM (Interface Homem Máquina) do qual o operador pode manipular valores do programa do PLC, como reset de tempo, contagem e receitas de velocidade e de mecanismos móveis, etc.
Visando cada vez mais lucro e tendo necessidade de melhorias nas máquinas chegamos no dias de hoje. Vivemos na 3ª revolução Industrial que trás a tecnologia de ponta e um fantasma que nos ronda, o desemprego.
O papel das novas máquinas CNC (Comando Numérico Computadorizado) e dos Robôs impulsionaram a automação. A robótica pertence ao tipo de automação programável, que torna o processo capaz de ser reprogramado quando as especificações técnicas de fabricação de um produto sofrem qualquer tipo de alteração.
A automação industrial tem desempenhado um papel vital no avanço da engenharia e da ciência. Além de sua extrema importância para veículos espaciais, para sistema de guiamento de mísseis e sistema de robótica e similares. O controle automático tornou-se uma parte importante e integrante dos processos industriais e de manufatura modernos. Por exemplo, a automação industrial é essencial no comando numérico de máquinas-ferramentas das indústrias manufatureiras, no projeto de sistemas de pilotagem automática da indústria aeroespacial e no projeto de automóveis e caminhões da indústria automobilística. É ainda essencial nas operações industriais tais como: controle de pressão, temperatura, umidade, viscosidade e vazão nas indústrias de processo.
“O que surge no século XX são equipamentos de operação automática, capazes de auto-regulamentação, nos quais a interferência humana é bem menor que na simples mecanização. Os robôs, por exemplo, atuam na indústria automobilística de ponta (EUA, Alemanha, Itália e Japão), em etapas que exigem alta precisão, trabalhos repetitivos ou atividades de risco para as pessoas. A tendência é a redução ao mínimo da ocupação humana, com a diminuição drástica dos empregos”( escritor tcheco Karel Capek (1890-1938).
A Automação gera desemprego?
Este é um assunto delicado que devemos tomar muito cuidado a abordá-lo.
Ao introduzir uma máquina em uma fábrica/indústria, ela irá realizar tarefas de 3 ou 4 pessoas, logo essas pessoas não serão mais necessárias e assim estariam desempregadas.
Ela desemprega sim, e não podemos ignorar este fato, mas não é a geradora do desemprego, pois a máquina não funciona sozinha, precisa de alguém para comandá-la, programá-la e dar manutenção. Realocando esses funcionários, dando treinamentos específicos com a qualificação adequada, estarão aptos a exercer uma nova função sem precisar perder seus empregos.

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